Mulheres apaixonadas mas guerreiras, livres mas leais, sensuais mas amorosas, decididas mas carinhosas.
Parecemos de ferro, mas nosso coração é meigo.
Quando amamos, nos entregamos incondicionalmente e livremente ao AMADO.
Somos a Corsa, a Esposa, a Amiga, a Irmã. Somos tudo para o Amado sem sermos dele.


Mulheres do Fogo são...
Mulheres, Filhas da Divina Feminilidade!

27 de jun. de 2010

O Fogo

Fogo 4Um amigo certa vez disse: “O Fogo não é em si mesmo; o Fogo acontece.” De fato, não se consegue guardar o fogo, nem mesmo pegá-lo.

 O Fogo não tem uma “substância corpórea”, isto é, “corporeidade”, como têm a Água, o Ar, a Terra. Sabemos que o Fogo é, simplesmente, a irradiação de energia térmica e luminosa decorrente da reação química com o Oxigênio, geralmente Carbono e Oxigênio, o que chamamos de combustão. 

Todavia o Fogo tem características muito interessantes. Ele se multiplica, basta acender algo em uma chama; e a chama que acende nada perde ao transferir o fogo. Um ditado druídico diz: “uma tocha nada perde se, com sua chama, ascende outra tocha apagada”. Além disso, se juntarmos as chamas de duas velas, elas se tornam uma só chama, sem que cada uma deixe de ser ela própria!

No entender da Antiga Tradição, o Fogo, para existir, necessita do Ar e da Terra (hoje dizemos combustão); mas Fogo e Água não se misturam, antes convivem dialeticamente: o Fogo pode ferver e evaporar a Água, mas a Água pode apagar o Fogo. A Água aquecida é boa para o chá, para o banho do bebê e, circulando nos tubos de calefação, aquece os ambientes durante o inverno rigoroso (reinado da Água – Gelo, Neve). Ao mesmo tempo, Fogo circunscrito pela Água não passa dos limites nem coloca em risco a vida, e a Água refresca no rigor do Verão (reinado do Fogo). Mas a água leva vantagem: por ter “corporeidade”, ao evaporar não deixa de ser Água, é Vapor; já o Fogo, se apagado, é morto.

O que podemos aprender com o Fogo?

Podemos ser como a tocha que nada perde se com sua chama acende outra. Podemos viver relações de amor com outras pessoas sem que elas precisem deixar de ser quem são (como as duas chamas que se juntam sem perder cada uma sua individualidade). Podemos amar intensamente sem deixar que esse amor se torne paixão ardente que consome o coração e nos torna pessoas amargas e ciumentas.

Sugiro que você pegue duas velas, ascenda-as e brinque com as chamas: junte-as, separe-as, acenda uma na outra… reflita a partir do que você observa. Contemple a chama no escuro, veja como a luz dela se espalha e se dissolve no ambiente… tente aprender lições de vida com o Fogo.

[Não fique com receio de brincar com o Fogo tomando os devidos cuidados; e pode ficar tranquila que –apesar dos que nossas mães diziam – brincar com Fogo não deixa fazer pipi na cama]

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